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sábado, 13 de novembro de 2010

O LIMITE DO SABER!!





O SABER não é um “algo” em si mesmo, é mais um tipo de RELAÇÃO da realidade Física com uma consciência que, por algum motivo ainda MUITO MISTERIOSO, a tenha desenvolvido produzindo uma capacidade de SIMBOLIZAÇÃO ELEVADA...

Nietzsche escreveu:

Não existe, de um lado, um reino das aparências, das coisas sensíveis e, de outro, um reino das essências, das coisas inteligíveis, que seria a verdadeira realidade. A única “realidade” é a das aparências. Não há nenhuma verdade a ser descoberta ou revelada porque a única verdade é aquela que nós criamos. A verdade é uma coisa deste mundo.

A verdade não é uma questão de adequação – ou de correspondência – à “coisa-em-si”, quer esta “coisa-em-si” seja definida como essência (metafísica), quer como existência empírica (positivismo). A verdade é, sempre e já, interpretação. E interpretar não quer dizer, neste caso, comparar um determinado texto com um critério externo, com uma medida extra-textual, mas simplesmente criar, inventar, fabricar. A interpretação é uma atividade produtiva. A interpretação é uma invenção. Quem interpreta não descobre a “verdade”; quem interpreta a produz. Não se trata de uma atividade hermenêutica – descobrir um significado oculto, pre-existente; mas de uma atividade poética – criar um significado novo, inédito. 

As diferentes interpretações são resultados de diferentes pontos de vista, de diferentes posições, de diferentes perspectivas. Mas essas perspectivas não convergem para um ponto único, para uma perspectiva totalizante que as absorveria e as conciliaria como a perspectiva última e verdadeira, como a verdade. Não existe nenhum ponto único, nenhuma perspectiva global e integradora. Só existem perspectivas – múltiplas, divergentes, refratárias à totalização e a integração. As perspectivas são avessas à síntese, à assimilação e à incorporação. Não há nada mais por detrás das perspectivas, para além delas. A verdade é isso: perspectivismo.

Ficções. Toda a verdade e todo conhecimento não passam de ficções. Duas advertências, entretanto. Nesse caso, “ficção”, contrariamente à idéia tradicional que fazemos de ficção, não remete a nenhuma oposição ficção/não-ficção, simplesmente porque ficção é tudo o que existe. Fazer ficções não é algo que fazemos nas horas de folga em que não estamos descobrindo a verdade. É a nossa única atividade. E depois não se trata de uma atividade desprezível, nem as ficções são um produto inútil. As ficções são a nossa vida. É a vida que nos impele a fabricar ficções. Elas são a nossa verdade. A nossa única verdade. 

PORTANTO O SABER É TOTALMENTE RELATIVO À CONSCIENCIA QUE A CRIA, AVALIA, MODIFICA...

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